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Versão completa: Intervenção psicológica nas estruturas residenciais para pessoas idosas
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Também haviam pedido um tópico para Intervenção psicológica nas estruturas residenciais para pessoas idosas
(04-04-2020, 09:15 PM)Silvia.Marina Escreveu: [ -> ]Também haviam pedido um tópico para Intervenção psicológica nas estruturas residenciais para pessoas idosas

Muito boa noite colegas,

Muito obrigada cara colega Sílvia pela criação do tópico.

Fiz este pedido/sugestão, pois gostaria de ouvir outros colegas que também continuam a operar no terreno, em lares de idosos.

Ao contrário dos colegas que, por exemplo, enfrentam os desafios do teletrabalho, nós estamos no nosso local de trabalho habitual, o que nos poderia colocar numa posição mais confortável. No entanto, a vigência das diversas medidas de isolamento (e de todas as outras medidas de proteção dos utentes e dos profissionais) coloca inúmeros desafios à nossa intervenção (já para não falar do medo que podemos sentir de infetar os utentes; do medo de ser infetados; do medo ser o veículo da infeção para a nossa família, etc...).

Como têm adaptado as vossas práticas ao momento excecional que estamos a viver, colegas?

No que diz respeito às intervenções com os utentes, mantêm as intervenções em grupo, respeitando as distâncias de segurança, ou simplesmente suspenderam-nas?

As intervenções individuais continuam a ser feitas nos vossos gabinetes ou sempre que o utente está num quarto individual, privilegiam esse espaço?

Isto porque o Despacho n.º 4097-B/2020 de 02 de abril, vem reforçar orientações que já tínhamos desde o início da vigência do estado de emergência, como por exemplo: “Reduzir a circulação dos utentes no estabelecimento de apoio social para minimizar o risco de transmissão (exemplo: manter utentes nos quartos)”; “Caso a instituição esteja organizada por unidades funcionais ou alas, restringir a circulação dos utentes a esse espaço”; “Suspender as atividades lúdicas coletivas”, entre tantas outras.

Em relação à intervenção com a equipa: intervenções em grupo, sim ou não? Que estratégias têm adoptado, colegas?

Muito obrigada.

Bom trabalho a todos.
Um abraço,
Vera Fialho Martins
(04-06-2020, 08:50 PM)Vera Fialho Martins Escreveu: [ -> ]Neste momento a intervenção que vou fazendo é tanto em grupo (respeitando a distância social, utilização de máscara, uso de bata, lavagem e desinfeção frequente das mãos), intervenção individual no gabinete, sala de convívio, quarto do utente, respeitando as recomendações e medidas de segurança.
 As videochamadas com os familiares têm sido muito importantes para os utentes (preocupados com os filhos e os netos podem constatar que estão bem), mas para os familiares que outrora visitavam frequentemente e agora não o podem fazer. Desta forma conseguem perceber que os utentes estão bem.

Quanto aos colaboradores da instituição, tenho validado sentimentos, afixei materiais disponibilizados pela OPP sobre Ansiedade e Autocuidado e bem-estar dos profissionais de saúde (adaptado para os Aux. Ação Direta)  e disponibilizei o meu contacto telefónico.

Bom trabalho!

 
Cara colega Liliana, 
Muito agradeço a partilha da sua experiência.
Um abraço,
Vera Fialho Martins.
(04-06-2020, 08:50 PM)Vera Fialho Martins Escreveu: [ -> ]
(04-04-2020, 09:15 PM)Silvia.Marina Escreveu: [ -> ]Também haviam pedido um tópico para Intervenção psicológica nas estruturas residenciais para pessoas idosas
Bom dia, 


Eu estou a trabalhar numa Unidade de cuidados continuados, mesmo não sendo uma estrutura residencial, os nossos utentes são predominantemente idosos.  

Atualmente estou a privilegiar as intervenções individuais usando os equipamentos de proteção individual e respeitando a distância.
No meu caso, trabalho em três pisos do edifício (Unida de média duração, Longa duração e Convalescença), sendo que o meu gabinete fica no 1º piso e, atendendo ao nosso plano de contingência, não podemos mobilizar utentes entre pisos, estou a fazer as intervenções no espaço do utente. 

A minha intervenção neste momento focaliza-se no acompanhamento psicológico individual e também realizo videochamadas com as famílias, dada a importância de manter este vínculo. 
Deparo-me com desafios novos diariamente quer com os utentes que, estando cognitivamente preservados começam a apresentar sintomatologia mais ansiosa, quer com os que não compreendendo a situação demonstram humor mais deprimido pela ausência das famílias. 

Quando não estão a ter intervenção psicológica, de forma a realizar tarefas distrativas e que paralelamente estimulem o domínio cognitivo do utente, realizei um questionário de levantamento de interesses e de acordo com as atividades que cada utente demonstra mais agrado, disponibilizo material para realizarem individualmente ao longo do dia. 

Espero ter contribuído da forma possível ! Smile

Bem haja, 
Marta Fernandes.
Cara colega Marta, claro que contribuiu  Smile Muito obrigada pela sua generosa partilha. Penso que, neste momento, muitos de nós sentimos necessidade de ouvir outros colegas e, assim, validar práticas. Pelo menos para mim, estas partilhas são valiosíssimas, para poder seguir caminho mais confiante.
Um abraço,
Vera Fialho Martins
(04-07-2020, 02:00 PM)Vera Fialho Martins Escreveu: [ -> ]Cara colega Marta, claro que contribuiu  Smile Muito obrigada pela sua generosa partilha. Penso que, neste momento, muitos de nós sentimos necessidade de ouvir outros colegas e, assim, validar práticas. Pelo menos para mim, estas partilhas são valiosíssimas, para poder seguir caminho mais confiante.
Um abraço,
Vera Fialho Martins
Vera, obrigada pela sua iniciativa e dinamização deste tópico.

Continuação de bom trabalho.
Boa Noite
Atualmente estou a privilegiar as intervenções individuais usando  equipamentos de proteção individual. A minha intervenção focaliza-se no acompanhamento psicológico individual e também na recolha de medicação junto de unidade hospitalar para entrega a população idosa e em isolamento, que manifesta medo e pânico ao pensarem em se deslocar ao Hospital. Smile
Caro colega Rui, muito obrigada pela sua partilha  Smile

Aproveito também para partilhar com os colegas que, como muitos já se terão apercebido, a atualização da Orientação nº 009/2020 da DGS, de 07 de abril, já conta com uma revisão da seguinte medida "as atividades diárias devem ser reorganizadas, cessando as atividades lúdicas coletivas”, fazendo agora menção à necessidade de apoio psicológico. 

A medida que consta na último documento é então:
"as atividades diárias devem ser reorganizadas, cessando as atividades lúdicas coletivas; a cessação/diminuição das atividades lúdicas e o distanciamento social podem requerer apoio psicológico para minimizar o risco de depressão e regressão das capacidades sociais e cognitivas.

Parece-me um “upgrade” importante para o reconhecimento e valorização da nossa profissão  Smile

Bom trabalho a todos,
Um abraço,
Vera Fialho Martins
Boa noite Colegas.
Gostaria de saber a vossa opinião acerca do seguinte...uma vez que algumas ERPI estão com casos covid-19 positivos, no caso de ser necessário o apoio psicológico a estes utentes como estão a fazer nos vossos locais de trabalho?
Bom trabalho.
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